Desde que a vida se materializa estabelece-se como a parceira mais fiel da morte.
Nascemos caminhando para o fim. E o ponto de chegada nem sempre está localizado na velhice.
Justamente por não sabermos em que ponto da travessia daremos nosso último suspiro, antes de cairmos feito um pacote flácido, é que viver se torna urgente.
A vida urge; e, por isso, faz da travessia algo mágico, que nos foge o tempo todo, que se esvai como o vapor, delicada e rapidamente some... Vemo-la agora e já se expande apagando-se.
Aproveitemos esse presente que é a travessia. Olhemos e vejamos; beijemos e cheiremos; lambamos e ouçamos a vida! Porque ela é eterna somente enquanto dura.
Como a chama que arde e se consome todo combustível se extingue, seu calor deve ser celebrado e seu brilho admirado, tudo que é eterno perde o sentido e sem sentido a chama não queima
ResponderExcluirEu gosto da definição de "eterno" de Carlos Drummond de Andrade: "Eterno é tudo aquilo que vive uma fração de segundo mas com tamanha intensidade que se petrifica e nenhuma força o resgata". Não é sensacional?
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