Os primeiros passos se deram em solo pedregoso,
A
aspereza sob os pés muito incomodou;
Por vezes foi necessário parar, enquanto
outros continuavam.
Estar à beira do caminho aguardando as feridas fecharem
causava-lhe angústia;
Os olhares dos passantes penetravam em sua alma como
espadas de dois [gumes.
Mas o difícil início não definiu o que viria pela frente;
E contrariando as profecias dos falsos profetas, surgiu luz nas trevas.
E o
caminho se abriu diante da claridade que humildemente aos poucos surgia.
E a luz
se fez fé e gerou coragem como nunca antes se havia sentido.
E a coragem a levou
a abrir portas que escondiam as ferramentas para explorar o [caminho.
Os pés
sangraram até calejarem e sua alma muito aprendeu tomando cálices [amargos;
E o
crescimento foi forçado a acontecer mesmo antes do tempo.
Motivos para desistir
havia de sobra, mas a fé crescia incontrolavelmente e a [coragem já era uma companheira constante.
E do árido solo a semente germinou e brotou e cresceu e
se fortificou e deu flores;
E seu caule era tão forte e resistente que nem os
ventos e as tempestades de [areia puderam derrubá-la.
A rosa aprendeu a
sobreviver sob o sol escaldante e com pouca água, mas nunca [deixou de liberar
seu aroma.
No tempo certo suas flores caem, mas ela sempre volta a florescer.
E
a rosa continua ali, teimosa e resistente, porque ela descobriu sua importância [no deserto em que cresceu.
Ela sabe que quanto mais resiste, mais cresce e se
fortifica.
E ao crescer abrigará os passantes cansados e sedentos de sombra.
De 0 a 10, qual a profundidade íntima que a autora tem com a Rosa?
ResponderExcluirEscrevi esse poema para um ex-aluno, hoje um grande amigo, na ocasião de seu aniversário. Pensa num menino que evoluiu bravamente em meio a inúmeras dificuldades?
Excluir